Bianca Andrade, a 'Boca Rosa', fala que "Era mais feliz na comunidade"
ERA MAIS FELIZ NA COMUNIDADE! Em entrevista recente a um canal de TV, a influenciadora Bianca Andrade, conhecida como Boca Rosa, com uma fortuna estimada em mais de R$100 milhões, declarou que era mais feliz quando morava no Parque União, no Complexo da Maré, bairro carioca, e acabou recebendo uma enxurrada de críticas.
"Sorria muito mais, tinha menos problemas. Não tinha atingido ainda a vida adulta", declarou a ex-BBB no programa apresentado por Gabriela Prioli. Bianca.
Após as declarações, muitas pessoas passaram a criticá-la por ‘romantizar a pobreza’. Por sua vez, Bianca tratou de explicar o possível mal-entendido depois do trecho viral em um vídeo publicado no Instagram.
Leia na íntegra:
"Quando colocam na manchete: 'Boca Rosa diz que na favela era mais feliz', principalmente para quem mora numa situação de vulnerabilidade, [a pessoa] vai olhar e dizer: 'Ai, Boca Rosa, então volta para a favela'. Ainda mais aqui na rede social, que a gente se acostumou a não se aprofundar nos assuntos, a não ver o programa inteiro, o corte inteiro.
Eu não estou romantizando a favela, inclusive tem muita gente que não faz ideia de como é o Complexo da Maré, o Parque União, o lugar de onde vim. É interessante a gente falar que, hoje, sou muito grata por tudo que eu tenho. Eu tenho uma casa. Sou muito grata por hoje, quando passo por um problema de saúde, poder ter recurso para cuidar de mim e da minha família. Acho que qualquer pessoa em sã consciência sentiria gratidão.
Mas um ponto interessante é a gente falar como mulher que veio de baixo, de um lugar de vulnerabilidade, e conseguiu ascender socialmente. Uma vez que você rala, rala, rala, trabalha e uma em um milhão, consegue ascender socialmente e sair da extrema pobreza, vem junto um medo muito absurdo.
A cada passo que você dá, esse medo se instala em você e te acompanha. Só que a gente não fala sobre isso, a gente fala sobre o sonho: realizei, cheguei aqui, yes! Para mulheres que empreendem, que sonham, desejo muito que vocês passem por isso. Que consigam realizar o sonho de vocês. Mas não se decepcionem caso essa ascensão econômica se a felicidade não vier junto em uma pilulazinha.
Junto, vem muita culpa, muita autossabotagem... A gente tem essa síndrome da impostora, que é uma coisa que a gente pouco fala e que ela existe. Cada conquista minha, dentro de mim, eu fico: e se eu perder tudo isso? E se fizer algo de errado e perder tudo isso? Tá dentro de mim, sempre. Quando eu era adolescente e morava na favela, eu tinha uma mãe por trás fazendo que eu não percebesse nada dessas dificuldades. Minha mãe foi f*da, e eu tive essa base familiar.
A gente acha que não é capaz, diferente de um homem, que olha e fala: 'Eu mereci, trabalhei'. A gente tem isso, a síndrome da impostora. A gente tem que trabalhar muito isso, enquanto vai crescendo no nosso negócio, principalmente do zero. Foi uma escolha minha, ok, por isso não julgo outras pessoas. Faria tudo de novo? Faria. Posso parecer uma ingrata? Posso, porque o que estou falando sou eu sendo 100% sincera. Não sou grata? Muito pelo contrário, mas sou verdadeira com o que eu sinto."
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